Mulher usa a agenda escolar da filha para pedir socorro por sofrer violência doméstica: 'Chame a polícia, fui agredida'
02/12/2025
(Foto: Reprodução) Ocorrência foi atendida pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Itupeva (SP)
Google Street View/Reprodução
Uma mulher de 26 anos usou a agenda escolar da filha, de quatro anos, para denunciar que estava sendo vítima de agressão do companheiro em Itupeva (SP). O caso ocorreu na segunda-feira (1º).
A direção da escola acionou a Guarda Civil após a aluna chegar chorando à unidade e o bilhete ser descoberto. No papel, entregue na escola ainda pela manhã, a mulher pedia ajuda por sofrer violência doméstica.
"Chame a polícia, fui agredida", dizia o bilhete.
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Segundo o boletim de ocorrência, a mulher recorreu a esse método porque o companheiro havia confiscado o celular dela para impedir que ela chamasse a polícia.
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Ao buscar a criança na escola com o suspeito, a mulher viu uma viatura da GCM e correu em direção aos agentes pedindo ajuda. O suspeito, de 40 anos, fugiu do local de carro, mas apresentou-se posteriormente no Plantão Policial, onde foi preso em flagrante.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a violência começou após uma discussão envolvendo as filhas. O homem teria arremessado um copo de vidro que atingiu a testa da mulher e tentado enganá-la. Exames e fotos anexadas ao inquérito confirmam lesões na testa, panturrilha e joelho da vítima.
A vítima relatou ainda ter recebido uma coronhada de revólver calibre 38 no joelho durante as agressões. O suspeito também ameaçou a mulher de morte com uma faca.
O suspeito alegou à polícia que a briga começou porque a companheira teria agredido a filha de um ano e oito meses do casal.
A Polícia Civil destacou que o suspeito possui um extenso histórico criminal, com 11 inquéritos policiais. Os registros incluem uma condenação anterior por roubo qualificado e múltiplas ocorrências de violência doméstica, tanto contra a atual vítima quanto contra outras mulheres.
O casal mantinha um relacionamento há cerca de três anos. A mulher já havia obtido medidas protetivas de urgência em 2023, mas as restrições foram revogadas em 2024 após uma reconciliação.
O delegado responsável pelo caso negou a fiança. O homem foi indiciado por lesão corporal qualificada, ameaça e violência doméstica com base na Lei Maria da Penha e encaminhado ao Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista, onde deve passar por audiência de custódia.
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