Café vira aposta no interior do AM e multiplica ganhos de agricultores com cultivo sustentável

  • 23/11/2025
(Foto: Reprodução)
Café avança no interior do AM e garante renda muito maior a produtores familiares Michel Castro, da Rede Amazônica Produtores rurais de Silves e Itapiranga, a cerca de 300 km de Manaus, estão substituindo cultivos tradicionais da agricultura familiar pelo café, impulsionados pela maior rentabilidade e pelo beneficiamento do fruto. Em uma região onde a floresta predomina, o cultivo de café vem ocupando áreas antes degradadas e crescendo rapidamente. Em Silves, o número de cafeicultores passou de 9 para 34 em dois anos. Paula de Assunção é uma das agricultoras que migrou para a nova cultura após perceber que cultivos como banana e melancia geravam muito trabalho e pouca renda. Ela conta que, enquanto a melancia rendia cerca de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, uma saca de café torrado e beneficiado pode chegar a R$ 4 mil. “Hoje é muito gratificante ter o meu café e ver o valor lá em cima”, disse. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A colheita é feita de forma colaborativa entre os produtores, que preservam os frutos verdes e recolhem apenas os maduros. Todas as etapas ocorrem em áreas que passaram por recuperação ambiental. Roque Pereira, pioneiro na produção de café no Amazonas e presidente da associação local, destaca que o cultivo é orgânico e integrado à floresta. Segundo ele, o consumidor “paga pela floresta em pé” ao escolher um café sem agrotóxicos e produzido de forma sustentável. Depois da colheita, o café passa por secagem e seleção. O beneficiamento — torra e moagem — é compartilhado entre os agricultores, o que aumenta ainda mais a renda. Roque explica que o produto tem valor de commodity e pode ser armazenado por até três anos sem perda de qualidade. A migração para o café tem sido possível com assistência técnica e investimentos em infraestrutura, mudas, irrigação e manejo, ofertados pela parceria com a iniciativa privada. De acordo com Elizabeth Telles, o objetivo inicial era recuperar áreas degradadas e criar oportunidades de renda: “Foi isso que a gente conseguiu”. A primeira colheita do projeto agroflorestal rendeu 160 sacas de 60 quilos de café robusta, quase 10 toneladas, que devem abastecer principalmente o mercado local. João Maria Diocleciano, engenheiro agrônomo da Embrapa, destaca que o produto é um “robusta amazônico”, mais adaptado às condições de baixa altitude da região e com o dobro de cafeína do arábica. Entre os novos produtores estão Iara da Silva e Antônio Sousa, que aprenderam todas as técnicas desde o início. Eles afirmam que a mudança representa futuro e dignidade para a família. “É um trabalho gostoso, porque a gente vê o esforço aplicado. Eu fico sonhando olhando para os pés de café e agradecendo a Deus pela chance de dar algo melhor para as minhas filhas”, disse Iara, emocionada.

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/amazonia-agro/noticia/2025/11/23/cafe-vira-aposta-no-interior-do-am-e-multiplica-ganhos-de-agricultores-com-cultivo-sustentavel.ghtml


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