Comandante da Guarda Civil de Bayeux vai ser afastado após MP pedir saída por investigação de violência doméstica
11/12/2025
(Foto: Reprodução) Kleber Medeiros, comandante da Guarda Civil Municipal de Bayeux
Reprodução/Prefeitura de Bayeux
O comandante da Guarda Civil Municipal de Bayeux vai ser afastado do cargo após o Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurar um procedimento para apurar a conduta dele após uma ação penal por violência doméstica na Justiça de Bayeux e por concluir que o servidor não possui reputação compatível com o cargo. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública da cidade para a TV Cabo Branco.
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"É importante dizer que o afastamento do comandante já vinha sendo planejado e pensando, não foi por conta da recomendação, mas para que ele pudesse focar na defesa dele. Ele alega ser inocente. Até que se prove o contrário, acreditamos na inocência dele. E, por isso, vamos afastar para que ele possa focar de forma imparcial e provar que ele é inocente", disse Will Varela.
Kleber Renato Barbosa Medeiros, o comandante da Guarda Civil Municipal de Bayeux, disse, também para a TV Cabo Branco, que reconhece as investigações contra ele e disse que vai deixar o cargo por causa da "pressão". O servidor alegou também problemas de saúde. Sobre como vai proceder juridicamente nos processos, ele não respondeu.
Segundo o MPPB, a recomendação se baseia em uma série de indícios incompatíveis com o cargo, entre eles:
um processo criminal por violência doméstica, que tramita na 5ª Vara de Bayeux;
suspeitas de comercialização irregular de medicamentos;
relatos de agressões e assédio contra servidores subordinados;
uso de viatura oficial como veículo particular;
porte ilegal de arma de fogo.
No caso da violência doméstica, o Ministério Público afirma que foram impostas medidas protetivas de urgência em favor da vítima, incluindo proibição de aproximação e contato, além da suspensão do porte de arma funcional e pessoal do comandante.
Em nota, o MPPB afirmou que a manutenção do servidor no comando da Guarda Civil “viola os princípios da legalidade e da moralidade administrativa” e prejudica a credibilidade da instituição. O órgão também afirmou que, caso a Prefeitura de Bayeux não cumpra a recomendação no prazo estabelecido, poderá ajuizar medidas judiciais para assegurar o interesse público.
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