Ouriversaria de Natividade pode virar patrimônio cultural após consulta pública
09/11/2025
(Foto: Reprodução) Ourivesaria de Natividade, no Tocantins
Rafael Trapp/Dossiê de Registro da Ourivesaria de Natividade
A arte da Ouriversaria de Natividade, conhecida pela criação de joias e ornamentos com ouro e prata desde o período colonial, poderá ter o registro de Patrimônio Cultural do Brasil. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu uma consulta pública para que a sociedade possa se manifestar sobre o bem cultural.
Ourives da região criam diversas peças como crucifixos, colares, cordões, gargantilhas, brincos, pingentes, pulseiras e anéis com detalhes em filigrana, que são fios de ouro aplicados em formato de arabescos. As peças são usadas pela população tanto no dia a dia como em celebrações de diferentes naturezas na cidade, segundo o Iphan.
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De acordo com o Dossiê de Registro da Ourivesaria de Natividade (TO), documento produzido em 2024 e que traz toda a história e importância da arte na região, existem sete oficinas, com diversos ourives atuando e aprendendo a arte que há séculos encanta com a delicadeza das peças.
O Iphan orientou que até o dia 21 de novembro qualquer pessoa pode enviar sua opinião, sugestões ou informações sobre a Ouriversaria de Natividade pelo e-mail conselho.consultivo@iphan.gov.br, por correspondência (no endereço do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural - SEPS 702/902, Centro Empresarial Brasília 50, Bloco B, Torre Iphan, 5º Andar, Brasília-DF, CEP 70390-135) ou através do Protocolo Digital do Iphan, que está disponível no site oficial do instituto.
Clique e confira o Dossiê de Registro da Ourivesaria de Natividade.
O órgão explicou que as informações sobre a ourivesaria vão garantindo que o processo de reconhecimento que a arte passa pelas mãos da comunidade detentora.
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História
A filigrana, principal técnica utilizada pelos ourives da região, é um entrelaçado de hastes finas de ouro. Conforme o dossiê, a espessura pode se aproximar de um fio de cabelo. Também laterais serrilhadas, técnica cujas raízes remontam à região do Minho, em Portugal.
A história remonta que a arte chegou ao atual Tocantins após artesão se fixarem na região durante o período colonial. O documento ainda conta que apenas em Natividade o ofício se manteve com um traço cultural e produtor de arte.
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