Prefeitura inaugura 1ª Central Pública de Reciclagem e nova UVR em Belém
21/11/2025
(Foto: Reprodução) PMB inaugura UVR e 1ª Central Pública de Reciclagem de Orgânicos.
Paula Lourinho
A Prefeitura de Belém inaugurou nesta sexta-feira (21) dois projetos de gestão de resíduos sólidos: a primeira Central Pública de Reciclagem de Resíduos Orgânicos e a nova Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR) da Concaves, no bairro Terra Firme.
As iniciativas fazem parte das ações do projeto Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia, um dos 37 grandes projetos da COP 30 da cidade.
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Maior capacidade de reciclagem
A UVR da Concaves, com 1.770 m², foi totalmente reformada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra), com financiamento da Itaipu Binacional.
O espaço foi adaptado para coleta seletiva e educação ambiental, e conta com infraestrutura segura e adequada para escolas, instituições públicas, condomínios e empresas.
A modernização vai ampliar a capacidade de triagem e reciclagem em 400%, chegando a processar até 300 toneladas mensais de resíduos.
O número de cooperados também deve aumentar, garantindo melhores condições e inclusão produtiva para catadores e catadoras. Luiz Suzuki, gestor da Itaipu para COP 30, anunciou ainda reformas em mais três galpões para diminuir o lixo nas ruas e fortalecer a reciclagem.
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Compostagem acelerada
A nova central pública usa tecnologia de tambor rotativo para acelerar o processamento dos resíduos orgânicos, com capacidade para 150 toneladas por mês, podendo chegar a 180 com restos de poda.
O sistema é mecanizado, desde a parte do tambor rotativo até a vermicompostagem, o que facilita o processo de transformar o resíduo em adubo orgânico de alta qualidade, reduzindo o envio a aterros e possibilitando a concretização da economia circular.
A câmara, com 16 metros de comprimento, possui mistura e aeração automatizadas, o que reduz o tempo médio de compostagem para 30 a 45 dias.
A composteira, desenvolvida pela startup gaúcha Igapó em parceria com Instituto Pólis, Global Methane Hub, Ministério do Meio Ambiente, governo estadual e Sebrae, realiza o tratamento em duas etapas: compostagem termofílica (alta temperatura) e vermicompostagem (ação de minhocas), mecanizando o processo e produzindo adubo orgânico de alta qualidade.
O adubo gerado será destinado a agricultores familiares da região, fortalecendo a economia circular e o reaproveitamento sustentável dos resíduos.
Victor Argentino, do Instituto Pólis, destaca que o projeto contribui para a redução das emissões do setor de resíduos sólidos: "Agora, provamos que é possível reciclar sobras de alimentos e resíduos vegetais, transformando-os em adubo orgânico por meio da compostagem."
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Quais as obras da COP?
As 37 grandes obras urbanas são executadas por diferentes entes, como Prefeitura de Belém, Governo do Pará, Governo Federal e iniciativa privada, com apoio do setor público.
Os empreendimentos estão distribuídos em quatro áreas: hospedagem, infraestrutura e desenvolvimento urbano, mobilidade e saneamento.
Segundo levantamento feito pelo g1, a área de infraestrutura e desenvolvimento urbano é a que mais tem projetos e recursos. São 14 obras com orçamento de R$ 3,2 bilhões.
Já mobilidade e saneamento são as categorias que atingem o maior número de bairros. A pavimentação de ruas e avenidas envolve 26 bairros, e gestão de resíduos sólidos, educação ambiental e inovação em bioeconomia abrangem 37 bairros, respectivamente.
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