Saiba quem é o youtuber norte-americano preso por suspeita de crimes sexuais contra menores no Rio

  • 23/12/2025
(Foto: Reprodução)
Norte-americano Floyd L. Wallace Jr. Reprodução Investigado por estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual infantil no Rio de Janeiro, o norte-americano Floyd L. Wallace Jr. também é conhecido nos Estados Unidos como um youtuber envolvido em uma série de confrontos com a polícia, prisões e polêmicas judiciais em diversos estados. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Antes de ser preso no Brasil, ele ganhou notoriedade na internet ao gravar abordagens policiais sob o argumento de exercer direitos constitucionais, enquanto acumulava registros criminais por resistência à prisão, agressão a agentes e conduta desordenada. "Acredito no exercício dos meus direitos e na proteção dos direitos de todos (...) Exerço meu direito à liberdade de expressão, garantido pela Primeira Emenda, e meu direito à privacidade, garantido pela Quarta Emenda", escreveu Floyd na descrição do seu canal. Norte-americano investigado por turismo sexual e aliciamento de menores no Rio é preso em SP Wallace Jr., nascido em 17 de dezembro de 1995, foi preso na última segunda-feira (22), no bairro da Liberdade, no Centro de São Paulo, em uma operação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e de São Paulo. As investigações apontam que ele teria usado aplicativos de transporte, perfis falsos e redes sociais para aliciar e explorar sexualmente crianças e adolescentes no Rio. Youtuber conhecido por confrontos com a polícia Nos Estados Unidos, Floyd Wallace Jr. mantém um canal no YouTube sob o nome “Omaha Copwatch”, no qual se apresenta como fotógrafo e defensor da Primeira Emenda da Constituição americana. Ele se define como um “auditor constitucional”, prática comum entre criadores de conteúdo que filmam abordagens policiais para questionar a legalidade das ações dos agentes. Conhecido nos EUA por confrontos com a polícia, Floyd Wallace Jr. acumulou passagens criminais em mais de 13 estados antes de virar alvo de investigação por crimes sexuais no Brasil Reprodução redes sociais Na descrição do canal, Wallace afirma exercer o direito à liberdade de expressão e à privacidade, garantidos pela Primeira e Quarta Emendas, e diz que o conteúdo “não é destinado a crianças”. Apesar do discurso, veículos de imprensa americanos registram uma longa lista de episódios envolvendo confrontos diretos com forças de segurança. Prisões e condenações Relatórios encaminhados pelas autoridades dos Estados Unidos às forças de segurança brasileiras apontam que Wallace Jr. possui histórico criminal em mais de 13 estados norte-americanos, com registros por resistência à prisão, agressão a policial e conduta desordenada. Ele é classificado como indivíduo de alta periculosidade, com recomendação de abordagem cautelosa. Entre os casos mais conhecidos está a prisão em Cape Coral, na Flórida, em 2022, quando foi atingido por uma arma de choque após se recusar a obedecer ordens policiais. Na ocasião, ele carregava um estojo preto próximo a um quartel de bombeiros, o que levou testemunhas a acionarem a polícia por medo de um possível ataque. As acusações acabaram arquivadas, e Wallace alegou estar exercendo seu direito de não se identificar. Em Norman, no estado de Oklahoma, Wallace foi condenado por agressão a um policial. O processo sofreu sucessivos atrasos por faltas a audiências e deslocamentos frequentes do réu. Em 2025, após um acordo judicial, uma foto de prisão foi divulgada pelas autoridades locais. Há ainda registros de prisão por roubo em Omaha, Nebraska, em 2016, além de outros episódios documentados por sites especializados em acompanhar a atividade de “copwatchers” nos EUA. Autodeclarado “turista sexual” Durante o monitoramento no Brasil, investigadores identificaram que Wallace Jr. se autodeclara em seus próprios canais digitais como “turista sexual” e “passport bro”. A expressão é usada para definir homens, geralmente de países desenvolvidos, que viajam para regiões mais pobres com o objetivo declarado de manter relações sexuais, explorando desigualdades econômicas e sociais. Segundo a polícia, Wallace fazia postagens afirmando viajar para países da América Latina com esse propósito, rejeitando vínculos afetivos e demonstrando consciência dos riscos legais, ao afirmar que evitava produzir determinados conteúdos para não ser preso. Investigação no Brasil A investigação que levou à prisão do norte-americano teve início após um relatório técnico do Ciberlab, órgão do Ministério da Justiça, encaminhado à Polícia Civil do Rio de Janeiro. O documento alertava para a possível exploração sexual de menores por um cidadão estrangeiro na capital fluminense. Material apreendido com o Floyd Wallace Reprodução O ponto de partida foi uma denúncia feita por um motorista de aplicativo, em 8 de dezembro de 2025. Segundo o relato, o usuário identificado como “Terry William” solicitou uma corrida no bairro do Jacaré, na Zona Norte do Rio. Ao chegar ao local, o motorista percebeu que os passageiros eram duas meninas menores de idade. Durante a viagem, as adolescentes disseram que estavam sendo levadas para encontrar um homem mais velho, estrangeiro, que não falava português. Elas não souberam explicar claramente quem era o homem nem para onde estavam indo, o que levou o motorista a acionar o suporte da empresa e registrar o caso como situação de risco. Perfis falsos e corridas suspeitas Após a denúncia, a Uber iniciou uma apuração interna e identificou que o mesmo usuário havia criado e utilizado diversas contas, com nomes fictícios ou de terceiros. A análise revelou um padrão de corridas solicitadas para crianças e adolescentes, principalmente meninas, em diferentes regiões do Rio. Em outro episódio, no dia 18 de dezembro de 2025, uma corrida solicitada pelo mesmo perfil transportou quatro adolescentes do sexo feminino, todas com menos de 18 anos, do bairro do Rocha para Santo Cristo, na região central da cidade. O cruzamento de dados, com apoio da Homeland Security Investigations (HSI), dos Estados Unidos, permitiu identificar que o usuário “Terry William” era, na verdade, Floyd L. Wallace Jr. Prisão em São Paulo No dia 20 de dezembro, investigadores identificaram que Wallace havia deixado o Rio e se deslocado para São Paulo. Com indícios de que ele poderia fugir do país, a Polícia Civil do RJ pediu à Justiça prisão temporária, busca e apreensão, quebra de sigilo de dados e retenção do passaporte, medidas que foram autorizadas. Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar A prisão ocorreu na Rua Conselheiro Furtado, no bairro da Liberdade, após uma operação conjunta entre as polícias civis dos dois estados. Segundo a polícia, Wallace ofereceu resistência no momento da abordagem e precisou ser contido. Durante a ação, foram apreendidos cinco pen drives, sete cartões de memória, um notebook, cinco celulares, diversos chips telefônicos, bichos de pelúcia, uma touca ninja, relógios e um relógio com câmera escondida. Crimes investigados Wallace Jr. é investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e favorecimento à exploração sexual infantil. Somadas, as penas podem chegar a 34 anos de prisão. As investigações continuam para identificar possíveis vítimas e verificar se há outros envolvidos no esquema, além de apurar se crimes semelhantes foram cometidos fora do Brasil.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/23/saiba-quem-e-o-youtuber-o-norte-americano-preso-por-suspeita-de-crimes-sexuais-contra-menores-no-rio.ghtml


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