Trump espera resposta da Ucrânia para proposta americana de acordo de paz com a Rússia
21/11/2025
(Foto: Reprodução) Estados Unidos pressionam Ucrânia a aceitar acordo de paz com a Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (21) que vai aguardar até quinta-feira (27) por uma resposta da Ucrânia sobre o acordo de paz com a Rússia. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que a proposta americana representa um dos momentos mais difíceis da história do país.
A Europa tenta recuperar espaço. Junto com a própria Ucrânia, foi a grande excluída das negociações de paz mantidas entre os Estados Unidos e a Rússia. Nesta sexta-feira (21), os líderes da Alemanha, França e Reino Unido conversaram por videoconferência com o presidente ucraniano para acertar uma posição conjunta. Novos detalhes sobre a proposta americana estão aparecendo.
Nesta sexta-feira (21), os líderes da Alemanha, França e Reino Unido conversaram por videoconferência com o presidente ucraniano para acertar uma posição conjunta
Jornal Nacional
A Ucrânia não poderá fazer parte da Otan, mas receberá garantias de uma resposta coordenada caso o país seja atacado novamente. Já a porta para a entrada na União Europeia permaneceria aberta. O país teria eleições em até 100 dias e anistia geral para todos os envolvidos por suas ações durante a guerra, além de conceder territórios a Moscou. Do outro lado, a Rússia poderia voltar a fazer parte do G8 e seria reintegrada ao comércio internacional.
Volodymyr Zelensky confirmou que recebeu o documento diretamente de Washington. Em um discurso à nação, disse que conta com os amigos europeus que entendem que a Rússia está perto das fronteiras do bloco, e que a Ucrânia é o único escudo que separa uma vida confortável na Europa dos planos de Vladimir Putin.
Zelensky falou que a Ucrânia está diante de um dos momentos mais difíceis de sua história, e que encara o dilema entre perder a dignidade ou o apoio de um dos principais aliados - sem mencionar os Estados Unidos pelo nome.
O presidente teve ainda conversas com o vice-presidente americano, J. D. Vance, e com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte. Em Bruxelas, a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, repetiu que o bloco quer garantir que tanto Kiev quanto a União Europeia participem do processo.
Do lado russo, o Kremlin declarou que a janela para Zelensky tomar uma decisão está se estreitando, diante do avanço militar no terreno.
A disputa, agora, não é só pelo fim da guerra, mas por quem terá voz no formato dessa paz. E a Europa sabe que, se não agir rápido, ficará apenas como espectadora de um acordo que pode mudar o destino do continente.
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